sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lombalgia aguda – quem nunca reclamou de uma dor nas costas?


A dor na região inferior das costas (região lombar), tecnicamente chamada de lombalgia, é uma das queixas mais comuns da população. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que aproximadamente 80% dos adultos sofrerão deste mal em algum momento de suas vidas.
O importante é ressaltar que a lombalgia é um sintoma de algum problema e não uma doença. Para a maioria das pessoas, a lombalgia não representa uma doença grave ou que necessite de alterações da rotina diária. Os estudos têm demonstrado que manter as atividades habituais encurta sua evolução em comparação ao afastamento do trabalho.
Geralmente, a dor é considerada miofascial, ou seja, sua origem está relacionada aos músculos e aos tecidos que a cercam, e costuma localizar-se no terço inferior das costas, de forma difusa e envolvendo os dois lados. Eventualmente, irradia para as nádegas ou até mesmo para as coxas.
A utilização de medicação anti-inflamatória, analgésicos e relaxantes musculares proporcionam alivio dos sintomas e são a base do tratamento da dor lombar aguda. Os episódios são autolimitados, ou seja, dificilmente ultrapassam duas semanas.
A lombalgia não é um problema exclusivamente físico, mas também social, psicológico, e está relacionada ao trabalho, ao estresse e à ansiedade. Portanto, para que isso não se torne um problema crônico, estes fatores também devem ser abordados. Ergonomia adequada no trabalho, exercício físico regular e atividades que diminuam a ansiedade e o estresse estão relacionados a uma incidência diminuída de lombalgia.
Em um pronto atendimento, o médico deve distinguir dois grupos de pacientes: os que apresentam "sinais de alarme" e os que não apresentam. Um "sinal de alarme" constitui qualquer informação da história ou do exame físico do paciente que sugira a possibilidade de uma doença mais grave. A presença de alteração da função neurológica ou história de trauma de intensidade significativa constituem alguns exemplos. Esse grupo de pacientes, que constitui a minoria, deverá ser submetido a exames complementares e até mesmo à avaliação de um especialista.
Já a maior parte dos pacientes, o grupo que não apresenta sinais ou sintomas preocupantes, pode, num primeiro momento, ser tratado apenas com medicação para controle dos sintomas.
Caso a dor tenha duração prolongada, ela passa a ser denominada como lombalgia crônica e deve ser abordada de forma mais específica e por um médico especializado. Uma investigação diagnóstica, com exames de imagem, é de extrema importância nesses casos. Diversas modalidades terapêuticas, como fisioterapia, manipulações e massagens, acupuntura e até mesmo cirurgia, em determinados casos, podem ser empregadas em seu tratamento.
18/7/2011 14:09 | Dr. Guilherme Meyer, ortopedista e cirurgião de coluna do Einstein
Fonte: Hospital Israelita Albert Eisten

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